Tupinambá é o nome de uma tribo de índios, pertencente ao tronco linguístico tupi, que viveu numa extensa faixa territorial da costa do Brasil. Os tupinambás habitavam uma longa faixa costeira que ia do litoral norte de São Paulo à ilha Tupinambarana, no rio Amazonas — a segunda maior ilha fluvial do mundo —, passando pelo Recôncavo Baiano, pela foz do rio São Francisco, pelo Maranhão e pelo Pará.
Durante muitos anos foram considerados extintos, mas em 2009 a Funasa (Fundação Nacional de Saúde) reconheceu como tupinambá um grupo, estimado em 4.700 índios, que habita no entorno do distrito de Olivença, no município de Ilhéus, na Bahia. Eles vivem como lavradores (na extração da piaçava) e pescadores. Esse reconhecimento foi acompanhado da demarcação de seu território (com o nome de Terra Indígena Tupinambá de Olivença), que entra também pelos municípios de Buerarema e Una. Tudo isso foi resultado de uma longa resistência desse povo às diferentes tentativas de expulsão e de usurpação de suas terras.
Os tupinambás ocuparam esse território desde o século XVII, de forma perene. Em ciclos de oito em oito anos, é costume tupinambá se deslocar no território, para ocupar novas terras e poupar as áreas em que viviam, sem abandoná-las. As árvores frutíferas plantadas permanecem como pontos de referência, bem como as capoeiras (áreas de rejuvenescimento da mata). No entanto, com o desenvolvimento e a ocupação de áreas das matas por empreendimentos urbanos (a partir da década de 1930, com maior ênfase depois da década de 1960), os tupinambás foram ficando cercados e oprimidos, limitados na capacidade de implantação de novas habitações e novas roças. Assim, tiveram que adequar sua forma de vida às condições impostas.
Salve os Tupinambá!
Aho!
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