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terça-feira, 16 de outubro de 2012
Templo de Hórus em Edfu
É um fascinante templo, chamado também o templo de Hórus. É, sem dúvida, um dos mais conservados e belos templos no Egito inteiro. Situa-se na margem oeste do Nilo. É um templo construído de pedra arenosa que possui cenas e inscrições inumeras em relevos. Provavelmente o templo foi erigido sobre um núcleo antigo que remonta ao segundo período Intermediário ( Dinastias XIII-XVII ) além do tempo do Novo Reino ( dinastias XVIII-XX ) mientras que a estrutura atual data do Período Ptolomaico. As obras de construção iniciaram-se por volta de 237 a C, nomeadamente no décimo ano do reinado de Ptolomeu III (Eurgetes) e foram consumadas durante os reinados de Ptolomeu IV, Ptolomeu VIII, e Ptolomeu XII e até ao ano 57 a. C, sem esquecer claro alguns aumentos adicionados à construção no reinado do imperador Augusto e assim esse belo templo permaneceu sob obras construção, aumentos e decoração por cerca de 180 anos. O templo foi dedicado a tríade da cidade Horus de Pehdet, Hathor, e Hor Sama-twai, mãe, esposa e filho consecutivamente.. Além dos elementos tradicional, o templo de Hórus possui outros elementos arquitetônicos que surgiram apenas na Época Greco-romana como o Mamisi, (casa do nascimento divino de Hórus), a cripta, e o nilmétro.
O Mamisi está localizado ao lado esquerdo do templo, dispõe de uma entrada e duas salas, e no fundo um santuário. Todas as paredes do mamisi estão cobertas com relevos que ilustram a história de nascimento, mamadura e fases da infância de Hórus.
O templo de Edfu mede 137 m. De comprimento e 79 m. de largura com um pilono gigantesco ( portal e duas torres) que atinge 37 m. de altura. Um pátio aberto, uma sala com 18 colunas e outra sala interior com 12 colunas, dois vestíbulos consecutivos e o santuário no fundo do templo. As duas torres do primeiro pilono estão decoradas de cenas que ilustram o rei Ptolomeu VIII subjugando os inimigos ajoelhados em submissão. Em cima do rei se encontra um série de relevos que representa o rei rezando e fazendo oferendas adiante de diversas divindades sobretudo Hórus, Hathor e Hor-Sma-tway, Osiris e Ísis. Acima da entrada se vê o discos solar alado, o sinal tradicional de proteção do templo egípcios A entrada do templo está ladeada de duas estátuas do deus Falcão Horus feitas de granito cinzento protegendo o rei Ptolomeu. O pátio aberto do templo está rodeado por três lados, de 32 colunas, ornamentados com relevos, cujos capitéis são compostos de vários elementos vegetais, papiros, lótus em frondas de palmeiras, etc.
Por dentro, ao lado esquerdo, tanto como ao lado direito da parede posterior do pátio o visitante pode ver os relevos que ilustram a chegada e a partida da procissão divina de Horus e Hathor como uma parte do festival da "União Divina". No fundo do pátio encontram-se outros dois falcões de granito cinzento que guardam o portal de uma colunata. Os relevos do pátio que ainda mantem vestígios de cores em alguns lugares ilustrando o rei ora rezando adiante diversas divindades ora fazendo oferendas tendo em conta que este pátio foi conhecido como o pátio das oferendas .
A colunata é uma sala hipóstila com 18 colunas de capiteis compostos. O tecto tornou-se preta devido a fumaça feita pelos primeiros cristãos que apelam aos templo transformando-os a igrejas, um fenômeno comum na maioria do templos do Egito. Ao lado direito da colunata encontra-se um quarto pequeno conhecido como a biblioteca do templo, pois se acredita que grande número de rolos de papiros com temas científicos e administrativos possuídos pelo templo foram abrigadas nesse quarto. Através de uma entrada se pode chegar a outra sala menos em termos de tamanho e com 12 colunas de capiteis compostos. Os relevos desta sala são impressionantes, sobretudo as cenas simbólicas conhecidas como " os rituais da fundação do templo" que ilustram o rei adiante de Hórus dedicando-lhe um templo, gravando a fundação com cinzel no chão, ou medindo os tamanhos do templo com a ajuda da deusa sechat, Deusa da escritura e a colocação da primeira pedra do templo pelo rei, e depois se pode ver a forma do templo dentro de um cartucho dedicado pelo rei ao deus Hórus. Esta sala conduz a dois vestíbulos consecutivos, o primeiro contém umas escadas que conduzem ao telhado do templo onde antigamente havia uma capela da deusa Hathor. O santuário está localizado no fundo do eixo do templo. É, de facto, um quarto enorme sem iluminação salvo uma frincha estreita no tecto. Ainda o santuário contém um sacrário belo de granito polido e cinzento onde se abrigava uma imagem do deus Hórus. No centro do santuário, adiante do sacrário encontra-se um pedestal de granito em que a barca sagrada de Hórus repousava ou é verosímil que foi dedicado ao repouso da imagem do deus conforme o ritual do serviço diário nos templos egípcios antigos. O santuário está rodeado de 12 quartos cujas paredes estão revestidas de diversas cenas religiosas. Provavelmente alguns desses quartos foram dedicadas a guardar os utensílios do templo enquanto outros foram relacionadas com certos rituais de certos deuses. No fundo ao lado esquerdo, encontra-se um quarto com uma cripta ou túnel no chão que ainda a sua função é incerta, pois provavelmnte foi uma galeria para guardar os utensílios e equipagens mais preciosos do templo, enquanto há outra opinião que diga que foi feito para exercer uns rituais religiosos e misteriosos !!
No corredor, ao lado direito encontra-se um Nilométro, um elemento que surgiu em todos os templos egípcios da Época Greco-romana. É, simplesmente, um túnel acesso por umas escadas e ligado com águas do Nilo onde os sacerdotes conseguiam profetizar a altura das cheia anual baseado em medições e cálculos frequentes. No meio da parede exterior do corredor encontra-se, pela primeira vez, o plano do templo, parece como uma maqueta entalhado na parede que ilustra todos os elementos do templo de Hórus. Ao lado esquerdo antes de virar-se saindo encontra-se uma série de cenas que representa o conflito entre Set fingido em forma de hipopotamo e o sue sobrinho Hórus que tenta de caçá-lo com uma lança e um cordel. Esses relevos contam uns detalhes da última batalha que deu lugar no nilo, na região de Edfu e termina pela vitória de Hórus.
Namastê!
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