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segunda-feira, 16 de junho de 2014
Não se engane! Protetores solares de FPS acima de 50 não protegem muito mais e pesam no bolso
Fique atento! Filtros solares de fator acima de 50 não protegem muito mais que outros fatores e ainda podem conter maior concentração de ingredientes químicos que causam danos à pele. Segundo o guia 2013 da Environmental Working Group (EWG, do inglês, Grupo de Trabalho Ambiental), apenas um quarto dos filtros solares nos Estados Unidos são de boa qualidade.
A Food and Drug Administration (FDA, do ingles, Adimistração de Alimentos e Drogas) iniciou, em 2011, um processo de regulamentação dos filtros solares, exigindo veracidade nas informações de marketing, incluindo informações na embalagem quando o produto for resistente à água, além de testes de validação de proteção UVA/UVB. A EWG, entretanto, não acha que as exigências foram suficientes para criar um alto padrão de qualidade dos filtros solares no mercado, muitos ainda não são eficientes no combate aos raios nocivos à pele.
Um protetor com alto FPS (filtro de proteção solar) não tem, necessariamente, proteção contra os raios UVA, mas apenas contra os raios UVB, e é justamente o raio UVA que causa mais danos à pele, pois ele penetra mais a fundo, além de possivelmente ser uma das causas do melanoma - um dos piores cânceres de pele. A EWG alerta também para os filtros solares que contêm ingredientes que podem ser prejudiciais, como por exemplo, a vitamina A ou retinol e o oxibenzona.
Usado em muitos cosméticos e produtos de antienvelhecimento, a vitamina A pode acelerar tumores e lesões em peles expostas ao sol. Já o oxibenzona, presente em metade dos protetores solares nos EUA, funciona através da absorção dos raios ultravioletas. Porém, pesquisas revelaram que ele acaba sendo absorvido pela pele, podendo também desencadear reações alérgicas e alterar o sistema hormonal.
Ilusão dos altos fatores
E protetores com fator 100 não protegem tanto assim - eles se mostraram menos eficazes que os de fator mais baixo. O consumidor acaba sendo enganado pela ilusão de estar bem protegido, pois pensa que o fator 100 significa duas vezes mais proteção que o 50. Na verdade, quando aplicado propriamente, o protetor de FPS 50 protege em 98%, enquanto o de FPS 100 protege 99%.
Além disso, existe uma tendência das pessoas que usam fatores altos de ficarem mais tempos expostos ao sol, já que possuem a falsa ilusão de estarem protegidos, e as pessoas que utilizam fator 30 ou 50 ficam mais atentas em aplicar mais de uma vez o protetor e/ou passar menos tempo tomando sol. Devido à maior concentração de produtos químicos para criar um FPS alto, esses protetores acabam apresentando maiores riscos à saúde, pois esses produtos são absorvidos pela pele.
Não pague caro por um protetor solar que não te oferecerá muito mais proteção e além de tudo apresenta riscos a sua saúde. Um FPS 30 utilizado propriamente é o suficiente.
Mas não dependa também apenas do filtro solar. Outra crítica feita pelo EWG às medidas tomadas pelo FDA foi em relação à permissão de se colocar nas embalagens de protetores solares a menção de que se trata de um agente de prevenção contra o câncer de pele.
De nada adianta passar protetor e ficar exposto ao sol nos períodos de intensos raios ultravioletas. Por ano, nos Estados Unidos, mais de 2 milhões de americanos desenvolvem câncer de pele, segundo o Nacional Câncer Institute (Instituto Nacional do Câncer).
Por isso devem-se evitar queimaduras de sol, não usar o protetor solar como forma de prolongar o tempo de exposição ao sol, utilizar roupas próprias e não fazer bronzeamento artificial por câmaras de bronzeamento.
Outro problema é que a regulamentação da FDA não estabeleceu um alto nível de proteção UVA para permitir que a informação apareça nas embalagens, então quase todos os produtos são considerados como contendo proteção UVA/UVB, enquanto que muitos deles não seriam aprovados no mercado europeu.
Na Europa, os protetores solares devem oferecer proteção contra os raios UVA em um terço da proteção UVB, isto é, se o produto possui FPS 30, a proteção UVA deve ser no mínimo 10. Mas os fabricantes nos EUA encontram uma barreira, dado que muitos produtos químicos permitidos na Europa não foram ainda aprovados pelo FDA, entre os quais se encontram químicos muito eficientes na proteção contra os raios UVA. No Brasil, no ano passado, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), aplicou a mesma exigência existente na Europa em relação à quantidade mínima de proteção UVA.
No mais, ainda aumentaram o FPS mínimo de 2 para 6, os testes exigidos de comprovação da eficácia ficaram mais rígidos, e informações como a necessidade de reaplicação do produto se tornaram obrigatórias no rótulo da embalagem.
Tomar um sol pode ser gostoso, mas fique mais atento aos períodos de fortes raios solares e, na hora de comprar um protetor, olhe bem as informações presentes na embalagem.
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Namastê!
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