Contate-nos:

contato@alkimystika.com.br



Conheça nosso shopping on line com artigos esotéricos e fitoterápicos, masi de mil produtos:
www.alkimystika.com.br

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

A VISÃO ALQUÍMICA DOS METAIS




Em tempos remotos, a alquimia afirmava que os metais não somente eram seres vivos senão que estão sujeitos a um processo de crescimento

Hoje em dia, por meio das novas descobertas históricas, está se começando a compreender o propósito real dos alquimistas.

A alquimia ficou gravada no imaginário da humanidade como a prática tola e obcecada que procurava transformar chumbo em ouro recorrendo a práticas pseudo-cientificas misturadas com ritualísticas mágicas.
Porém, se olharmos o seu passado histórico, é possível perceber uma concepção diferente da alquimia ao longo do tempo.
A origem da alquimia é atribuída aos primeiros forjadores que iniciaram o trabalho com os metais. Estes forjadores conheciam os processos metalúrgicos que conferiam às armas faculdades especiais que definiam, com regularidade, contendas entre grandes guerreiros.

Este fato atribuiu aos forjadores um sentido místico a sua atividade fazendo com que muitos deles acabem introduzindo rituais religiosos e mágicos no seu trabalho com metais. Assim, a forja dos metais foi cultuada como um trabalho místico por vários séculos.

Com o passar do tempo, ficou bem distinguida a atividade do forjador e o do alquimista. Enquanto que o forjador se limitava à fabricação de utensílios com metais, os alquimistas buscavam desvendar os segredos da matéria.

A linguagem utilizada pelos alquimistas era repleta de uma vasta quantidade de simbolismos bizarros e seus rituais envolviam receitas com os mais estranhos ingredientes que ia desde prata, antimônio, fulminato de mercúrio até orvalho, 'água que não molha', 'leite de virgem' etc.


Para os alquimistas os metais eram considerados como organismos vivos e como tais experimentavam um processo de amadurecimento natural, mas em outra escala temporal. Baseados nesta premissa, os alquimistas sustentavam que podiam transformar chumbo em ouro unicamente acelerando o processo de amadurecimento de forma artificial.

Para o monge beneditino e alquimista Basil Valentim (séc. XV, Alemanha) este processo de amadurecimento envolvia sete estágios, cada um representado por um metal, que iniciava no chumbo e culminava no ouro.

Algo interessante a se observar é que os alquimistas atribuíam, a cada um destes metais, qualidades e atributos que tem correspondência com suas propriedades físicas. A visão alquímica de cada um destes sete metais é apresentada a continuação.


Chumbo
O chumbo é um dos primeiros metais utilizado pelo ser humano devido a sua facilidade de extração e conformação. Foi utilizada nas antigas civilizações do Egito, Fenícia, China e Babilônia. Séculos depois, foi usado nos aquedutos do império Romano e nos telhados das casas na Idade Média na Europa.
Para os alquimistas, o chumbo tem correspondência com o planeta Saturno que era o planeta mais tenebroso, afastado e velho do sistema planetário conhecido do mundo antigo. Assim, os alquimistas atribuíam ao chumbo uma noção de limite, velhice e morte que se vê refletido nas suas propriedades físicas.
Por exemplo, a sua extrema densidade o faz adequado na fabricação de isolantes de radiação e som, as suas propriedades de retenção o fazem apropriado para a fabricação de baterias e tintas, e pelo seu aspecto sombrio este metal também chegou a ser usado na fabricação de munições e túmulos.


Estanho
O estanho começou ser usado pelo ser humano pela sua facilidade de se combinar com outros metais formando ligas como o bronze. Tanto na antiga Roma como na Europa da idade Média, o peltre, que era uma liga de estanho e chumbo, foi usado em utensílios domésticos dado a sua maior resistência que os utensílios de barro.
Para os alquimistas, o estanho é regido pelo maior planeta do sistema, Júpiter, o que lhe atribuía propriedades de cura, assimilação e crescimento. Por isso, antigamente, quando nascia uma criança se lhe presenteava com uma colher de estanho. Para os alquimistas, Júpiter era também o preservador da juventude. Assim, o estanho é usado na atualidade em finas camadas depositadas em chapas de aço para conservar alimentos, folha de flandres, para fixar cor em tecidos e aroma em sabonetes e perfumes.
Outras propriedades do estanho, consideradas como influências jupiterianas, são a sua fusibilidade e facilidade em fazer ligas com outros metais. Quando adicionado, o estanho incrementa a resistência à corrosão da liga. Atualmente, é aplicado intensivamente em soldas de equipamentos eletrônicos.


Ferro
O ferro está presente em quantidades muito maiores na crosta da Terra do que os outros seis metais juntos. O ferro esteve intimamente envolvido com a história humana, pela força que deu aos homens para dominar a natureza e a seus semelhantes. As armas e as algemas, com as quais o homem tem escravizado, são forjadas de ferro. O trabalho com ferro criou a necessidade do desenvolvimento do alto-forno para maior controle do fogo.
O desenvolvimento de aços de alta resistência foi fundamental para a história da guerra.
Os alquimistas ligavam a energia do ferro à influência do planeta Marte. Assim, o ferro representa o poder masculino, a sociedade patriarcal, a eficiência, a conquista e a guerra. Dos sete metais, o ferro é o mais combustível. Os fogos de artifício usam o brilho de limalha de ferro. O mistério do ferro radica em que uma quantidade muito pequena de carbono muda suas propriedades de resistência e dureza drasticamente.
Marte tem sido associado com o sangue. Este simbolismo tem raízes fisiológicas, a hemoglobina no sangue, que transportam o oxigênio pelo corpo, é de cor vermelha pelo conteúdo das moléculas de ferro.


Cobre
O cobre foi usado pela primeira vez em regiões próximas do Oriente Médio para fabricação de objetos de uso cotidiano. No antigo Egito teve a mesma finalidade, mas também foi usado em ferramentas para talhar o granito com que foi edificado as pirâmides. Já na Suméria e na Fenícia, o cobre foi usado para produzir armas, escudos e elmos.
Nesta época, o cobre foi muito usado em seu estado natural e conformado por meio de marteladas. Só séculos depois foi descoberta a técnica da fundição.
Dado as formas coloridas dos minérios de cobre e sua maciez e flexibilidade, este metal era associado ao planeta Vênus pelos alquimistas. Assim mesmo, a deusa Vênus está associada ao amor, criatividade, beleza e harmonia. Estas qualidades eram muito importantes para o trabalho alquímico, mesmo porque os alquimistas consideravam seu trabalho mais uma arte do que uma ciência.
A presença do cobre em ambientes induz uma atmosfera acolhedora e relaxante. Já a sua alta ressonância o tornava adequado para a fabricação de instrumentos musicais. A música tinha um papel importante na alquimia, tanto que era com freqüência representada em tratados e gravuras alquímicas. Atualmente dado sua alta condutividade elétrica e térmica, o cobre é empregado tanto para condutores elétricos como para trocadores de calor.


Mercúrio
O nome químico do mercúrio (Hg) é Hidrargírio que vem o grego hydrargyros que quer dizer prata-líquida ou prata-viva. Os alquimistas sustentavam que, nos primórdios do planeta Terra, os metais existiam em estado líquido e que só o mercúrio preservou este estado até os dias de hoje. Por tal motivo, a este metal lhe era atribuída a juventude eterna. A este metal lhe era associado o planeta do mesmo nome.
Como metal líquido, o Mercúrio é sensível e reage a qualquer movimento leve, dividindo-se em gotículas rapidamente. Por isso, os alquimistas acreditavam que uma dose certa deste metal potenciaria sua destreza mental. Contudo, a exposição abusiva podia levar a desequilíbrios mentais como no personagem do 'chapeleiro louco' do conto de Lewis Carrol 'Alice no país das maravilhas' o qual foi inspirado nos chapeleiros dos tempos vitorianos que eram propensos a estes desequilíbrios devido à utilização de mercúrio metálico para dar brilho à cartola. Já outro traço característico do mercúrio é a sua capacidade de associação, sua facilidade para se ligar a outros metais, chegando a unir elementos incompatíveis. Por outro lado, este metal tirou a vida de muitos amadores da alquimia, pois na forma de iodeto ou fulminato de mercúrio metal é usado como componente básico na fabricação de explosivos.
O mercúrio é atualmente usado na fabricação de termômetros, barômetros, bombas de vácuo e comutadores elétricos.


Prata
Tanto a prata como o ouro tem sido usados pelo homem desde tempos pré-históricos. Este metal era associado desde tempos remotos à Lua. Já os alquimistas associavam a este metal a capacidade sonhadora, imaginativa e fantástica própria de escritores ou poetas.
O termo lunático vem do extremo deste simbolismo, como a pessoa que não consegue estar em contato com a realidade. Dado que a prata só pode vincular-se a um único elemento, os alquimistas lhe atribuíam uma natureza monogâmica.
Do mesmo modo que a luz da lua é o reflexo da luz do sol, o metal prata possui um alto índice de reflexão da luz.
Esta propriedade a faz adequada para revestimento de vidro na fabricação de espelhos. A prata também possui a maior condutividade elétrica e térmica e, em instrumentos musicais, dá o mais puro som.
A prata possui também uma natureza sensível e receptiva. Por este motivo, finas camadas prata também são usadas na indústria da fotografia e do cinema para registrar imagens. Essa natureza receptiva da prata fez com que alguns alquimistas a associaram com o elemento água. E por curioso que pareça, a maior parte da prata do mundo inteiro está dissolvida nos oceanos.

Ouro
Desde tempos antigos o homem se sente atraído pelo ouro, pois é considerado o metal mais precioso sobre a terra. Além disso, o ouro não se deteriora nem degenera com o tempo.
Tesouros de ouro da América do Sul, Egito, Pérsia e Índia, que têm milhares de anos, ainda são tão perfeitos quanto no tempo em que foram criados. Por este motivo, o ouro sempre foi o símbolo do poder supremo, com ele eram criados ornamentos y utensílios para deuses e reis.
Para os alquimistas o ouro está associado ao astro rei, o Sol, o grande dispensador de energia do sistema planetário. Crenças antigas dessa época sugeriam que a coroa de um bom rei devia ser de ouro, pois através dela o fluxo de energia do Sol desce e penetra na cabeça real, de onde era distribuída para todo seu povo. Até os dias atuais a posse de ouro é símbolo de poder, ouro é estocado nos cofres das tesourarias dos governos do mundo inteiro.
O ouro é denominado de metal nobre, pois dificilmente se combina com outros metais, além de possuir uma alta resistência a qualquer ataque químico. É muito empregado na joalheria pela sua beleza e equilíbrio entre maleabilidade e capacidade de fundir. Já sua pureza é medida em quilates, cuja escala 24 denota pureza absoluta.






Namastê!



Loja com produtos fitoterápicos e esotéricos, conheçam:

www.alkimystika.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário