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quarta-feira, 20 de março de 2013

Deuses Egípcios - Hathor



Hator (em egípcio antigo ḥwt-ḥr, "recinto" ou "casa de Hórus"), era uma deusa da religião do Egito Antigo que personificava os princípios do amor, beleza, música, maternidade e alegria.
Era uma das divindades mais importantes e populares do Egito Antigo, venerada tanto pela realeza quanto pela população comum, em cujas sepulturas ela é descrita como a "Senhora do Ocidente", que recebe os mortos na próxima vida.
Entre suas outras funções está a de deusa da música, dança, terras estrangeiras e fertilidade, responsável por auxiliar as mulheres durante o parto, bem como o de padroeira dos mineiros.

O culto a Hator antecede o período histórico e as raízes da veneração à deusa são, portanto, difíceis de serem apontadas, embora ele possa ter se desenvolvido a partir dos cultos pré-dinásticos à fertilidade e à natureza em geral representados em vacas.
Hator costuma ser representada como uma vaca divina, com chifres sobre sua cabeça, entre os quais está um disco solar com um uraeus.
Duas penas idênticas também costumam ser representadas em seus retratos posteriores, bem como um colar menat.

Hator pode ter sido a deusa-vaca que é representada desde tempos arcaicos na Paleta de Narmer e sobre uma urna de pedra que data da Primeira Dinastia, o que sugere seu papel como deusa celestial e uma possível relação com Hórus que, como deus-sol, faria a sua "morada" nela.
Os antigos egípcios viam a realidade como consistindo de camadas múltiplas, nas quais as divindades se misturavam por diversos motivos, mantendo atributos e mitos divergentes, mas que no entanto não eram vistos como contraditórios, e sim complementares.
Numa relação complicada, Hator é por vezes mãe, filha e esposa de Rá e, como Ísis, por vezes é descrita como mãe de Hórus, e associada a Bast.
O culto a Osíris prometia vida eterna a todos aqueles que fossem julgados moralmente merecedores. Originalmente os mortos, tanto homens quanto mulheres, tornavam-se Osíris após o julgamento, porém, no início do período romano as mulheres mortas passaram a ser identificadas com Hator e os mortos do sexo masculino com Osíris.
Os gregos antigos identificavam Hator com a deusa Afrodite, e os romanos com Vênus.


Primeiras representações

Hator só é representada de maneira contundente a partir da Quarta Dinastia.
No período histórico, Hator é mostrada através das imagens de divindades-vaca. Artefatos do período pré-dinástico que usam o mesmo simbolismo são usadas posteriormente para representar Hator, e os egiptologistas especulam que estas divindades poderiam estar representando uma só, que seria Hator ou uma precursora sua.
Uma divindade em forma de vaca aparece no cinto do rei na Paleta de Narmer, que data do período pré-dinástico, e esta pode ser Hator ou a deusa Bat (assumindo outra forma), com quem ela é associada e que posteriormente suplanta.
Por vezes são vistas como a mesma deusa, embora tenham diferentes origens e ilustrem diferentes reflexos do mesmo conceito divino. A evidência que apontam para a divindade em questão representar Hator, especificamente, baseia-se numa passagem dos Textos das Pirâmides, que afirmam que o traje do rei viria de Hator.
Uma urna de pedra encontrada em Hieracópolis, que data da Primeira Dinastia, tem em sua lateral uma representação da face de uma divindade-vaca com estrelas em suas orelhas e chifres, que pode ser relacionada ao papel de Hator, ou Bat, como uma deusa celestial.
Outro artefato da Primeira Dinastia mostra uma vaca deitada sobre uma gravura de marfim, com a inscrição "Hator nos Pântanos..", indicando sua associação com a vegetação e os pântanos de papiro, mais especificamente. A partir do Antigo Império ela também passou a ser chamada de "Dama do Sicômoro", em sua função de divindade das árvores.


Relações, associações, imagens e símbolos

Hator tinha uma relação complexa com Rá; em um mito ela era seu olho, e considerada sua filha, porém, posteriormente, quando Rá assume o papel de Hórus em relação à monarquia, ela passou a ser considerada sua mãe - papel que teria absorvido a partir de outra deusa-vaca, 'Mht wrt' ("Grande Enchente"), que teria sido mãe de Rá num mito de criação e carregado-o entre seus chifres. Como mãe, dava a luz a ele toda manhã no horizonte oriental e, como esposa, o concebia através da união com ele todo dia.
Hator, juntamente com a deusa Nut, era associada com a Via Láctea durante o terceiro milênio a.C., quando, durante o outono e os equinócios da primavera, se alinhava com a Terra e a tocava no local onde o Sol nascia e se punha.
As quatro patas da vaca celestial que representavam Nut ou Hator podem, em alguns relatos, ser vistas como os pilares sobre os quais o céu repousava, com as estrelas em sua barriga formando a Via Láctea, pela qual a barca solar de Rá, representando o Sol, navegava.
Um nome alternativo de Hator, que perdurou por 3.000 anos, era Mehturt (também grafado Mehurt, Mehet-Weret ou Mehet-uret), que significava "grande enchente", e fazia referência a esta associação com a Via Láctea, que era vista como um canal de água que cruzava os céus, por onde navegavam tanto a divindade solar quanto a Lua, o que fazia com que os antigos egípcios a descrevessem como "O Nilo no Céu".
Por isso, com o nome mehturt, ela era identificada como sendo responsável pela inundação anual do Nilo. Outra consequência de seu nome é que ela era vista como arauto de nascimentos iminentes, representando o momento em que o saco amniótico se rompe e libera suas águas, uma indicação de que o nascimento da criança está muito próximo.
Outra interpretação da Via Láctea era de que ela seria a serpente primordial, Wadjet, protetora do Egito que estava fortemente associada com Hator e outras divindades primevas entre os diferentes aspectos da grande deusa-mãe, incluindo Mut e Naunet. Hator também era cultuada como protetora das regiões desérticas (ver Serabit el-Khadim).
A identidade de Hator como uma vaca, talvez ilustrada como tal na Paleta de Narmer, significava que ela passou a ser identificada com outra deusa-vaca antiga da fertilidade, Bat. Os egiptólogos, no entanto, ainda não sabem responder o porquê de Bat ter sobrevivido como uma deusa independente por tanto tempo; ela estava, de certa maneira, ligada ao Ba, um aspecto da alma, e assim Hator acabou ganhando uma ligação com a vida após a morte.
Dizia-se que, com seu caráter maternal, Hator recebia as almas dos mortos no Duat, e lhes fornecia comida e bebida.
Também era descrita às vezes como senhora da necrópole.
A assimilação de Bat, que estava associada ao sistro, um instrumento musical, também lhe trouxe uma associação com a música.
Nesta forma posterior, o culto a Hator passou a ser centrado em Dendera, no Alto Egito, onde era conduzido por sacerdotisas e sacerdotes que também eram dançarinos, cantores e artistas.


Hator passou a ser associada ao menat, o colar musical turquesa que frequentemente era usado pelas mulheres. Um hino a Hator diz:
Tu és a Senhora do Júbilo, a Rainha da Dança, a Senhora da Música, a Rainha da Harpa, a Senhora da Dança Coral, a Rainha dos Louros, a Senhora da Embriaguez Sem Fim.
Essencialmente, Hator havia se tornado uma deusa da alegria e, como tal, era amada profundamente pela população em geral e reverenciada especialmente pelas mulheres, que aspiravam personificar seu papel multifacetado de mãe, esposa e amante. Nesta condição, ela conquistou os títulos de Senhora da Casa do Júbilo e Aquela que Preenche o Santuário com Alegria.
O culto a Hator era tão popular que diversos festivais eram dedicados à sua honra - mais do que qualquer outra divindade egípcia - e mais crianças recebiam o seu nome do que qualquer outra divindade. Até mesmo o sacerdócio de Hator era incomum, na medida em que tanto homens quanto mulheres podiam se tornar seus sacerdotes

Templos

Como o culto a Hator se desenvolveu a partir dos cultos pré-históricos de adoração à vaca, não é possível se afirmar de maneira conclusiva onde sua veneração ocorreu pela primeira vez. Dendera, no Alto Egito, era um sítio arcaico importante onde ela era cultuada como "Senhora de Dendera".
Do Império Antigo em diante ela passou a ser cultuada em Meir e Kusae, com a região de Giza-Saqqara sendo o seu principal centro de devoção. No início do primeiro período intermediário Dendera parece ter se tornado o principal sítio de seu culto, onde ela era considerada mãe e consorte de "Hórus de Edfu". Deir el-Bahri, na margem ocidental do Nilo, em Tebas, também era um sítio importante de veneração a Hator, desenvolvido a partir de um culto pré-existente à vaca.
Templos (e capelas) dedicadas a Hator):
Templo de Hator e Maat, em Deir el-Medina, margem ocidental, Luxor.
Templo de Hator na ilha de Filas, Assuã.
Capela de Hator no Templo Mortuário de Hatshepsut. Margem ocidental, Luxor.



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